quinta-feira, 27 de setembro de 2007


"Espelho, espelho meu! Existe alguém mais... mais... mais o que mesmo? Quê que eu tô fazendo aqui?! Hahahaha. Cara, que engraçado!" - Hum, espero que tenha ficado claro que esta é a fala de um boêmio no banheiro de um bar, conversando com o espelho (?!). Eu sempre quis ir pra dentro do espelho, mas...espere! Eu sou o 'dentro do espelho'. Eu hein... povo doido.
Quando de frente ao espelho, nos deparamos com aquilo que somos para os outros. E rimos, porque, particularmente, não me acho parecida comigo mesmo. Nessa hora que começam as caretas, são como um auto-teste de personalidade ou um 'siga o mestre versão você'. Chegamos mais perto do reflexo e levamos um susto, tudo que está próximo demais é feio, assim como os Monet. Janelas de carros, portas de edifícios ou paredes de concreto brilhante também puxam meu all star encardido de volta à realidade calorosa e barulhenta do rodo cotidiando.
Espelhos são trouxas, refletem tudo que vêem pela fresnte. Espelhos são fatais, podem cortar. Espelhos são sinceros, mostram a verdade. Mas espelhos podem mentir, o que você vê já é passado. O que você sempre vê, sempre vai estar diferente. Seja apenas pela posição da luz ou do tempo. Espelhos são traiçoeiros, um descuido seu e 7 anos de azar...

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Sobre flores e saudades...


“A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la.” Cecília Meireles

Domingo, 23 de setembro, às 6:51 começou a primavera. Conhecida como estação das flores, particulamente, gosto muito dessa estação do ano. Nela se tem frio, calor, sol e chuva, é difícil descrever um típico dia primaveril. Consenso é que nessa estação as flores estão por toda a parte. Tenho saudades de algumas primaveras. Saudade! Dia desses estava me perguntando se seria ela um sentimento bom ou ruim. Não gosto da saudade por se tratar de uma não-realização, de um desejo não satisfeito. Entretanto, concordo com o Sr. Alguém quando diz que "saudade é a certeza de que não se viveu em vão". Tenho saudades do que vivi e não vivi, sei que terei saudades de coisas e pessoas que estão presentes em minha vida hoje. Já dizia minha mãe:"Aproveita enquanto tem". Nessa primavera e em todas as estações da sua vida, aproveite! Cada momento é como uma flor, não tem hora nem data para desabrochar. Uma flor pode surgir sob as mais variadas circunstâncias, assim como a vida nos oferece momentos nunca antes imaginados. Cada flor e cada momentos são únicos. Aproveite e valorize as coisas e pessoas que um dia poderão te fazer falta. Carpe diem! Infelizmente, assim como as flores murcham e a primavera se esvai, todos os seus momentos, um dia, serão somente saudades...

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

g= GxM/d²



Um inseto vive em média 18 dias, a borboleta mesmo pode chegar a um dia de vida. Podemos dizer que ela teve boas 24 horas, voando por aí pousando de flor em flor, disputando espaço com aquele bichinho que pára no ar , o beija-flor – aquele que trouxe meu amor, voôu e foi embora.
O que permite o inseto quebrar a mirabolante barreira da gravidade é seu tamanho reduzido, combinado com a quantidade de músculos que eles possuem. Isso também explica o fato deles poderem carregar pesos mais de 20 vezes maiores que o seu prórpio. Quiçá pudera eu levantar 1.000 Kg e logo na primeira curva de minha longa estrada da vida chegar um infeliz ser ‘humano’ e me queimar com a lupa. Aff! Eles aprenderiam o que é vingança depois que uma bomba nuclear explodisse o planeta Água e apenas nós - os insetos - sobrevivessemos.
Chego á conclusão de que um dos primeiros passos para voarmos seria diminuir o tamanho - depois de alto teor de manteiga no organismo. Talvez isso tenha ajudado o Chapolin a viajar pelo espaço em aviãozinho de papel, mas a medicina contemporânea ainda não descobriu a fórmula das fantásticas pastilhas sbtísticas. Uma solução seria diminuir a quantidade de horas de sono, pois é quando se dorme que crescemos, tanto de estatura corporal quanto capilar, e também armazenamos na memória de longo prazo o que vemos ao longo do dia. Durma menos, esqueça mais, e saia por aí voando!
Outra diferença entre o homem e o inseto é que este não possui nariz, e sim espiráculos. Tá esperando o quê? Você é um homem ou um inseto!? Vamos! Corra ! Tampe o nariz e seja feliz! Talvez você tenha menos que 24 horas pra ganhar a disputa contra o beija-flor por um lugar ao sol...

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Viagens...


"Atenção senhores passageiros com destino à..." Domingo, céu azul, ideal para ir à praia. Entretanto, me encontro na Rodoviária Novo Rio. Pessoas, carros, ônibus, todos com pressa. No meio daquele frenesi, uma imagem me chama a atenção: garota com buquê de rosas. Aquela cena me fez lembrar das emoções e sentimentos que muitas vezes são passageiros de nossas viagens. Antes de embarcar nessa viagem, aviso p/ os viajantes céticos que acham que tudo o que virá a seguir é uma viagem desse que vos fala: a Terra, as estrelas e as galáxias, todas elas, estão se movendo a milhares de quilômetros por hora, na imensidão do Universo. Portanto, é inevitável, estamos todos condenados a sermos passageiros. Segundo o Sr. Alguém, viajar nada mais é do que: "deslocamento de uma origem em direção a um destino". Ao viajar, pensamos no que estamos deixando pra trás, no que estamos levando conosco e no que iremos encontrar. Saudades, incertezas e certezas, ansiedade, demonstrações de afeto. Rodoviárias e aeroportos são lugares em que a maioria das pessoas esquecem a mediocridade emocional da rotina da vida moderna e se descobrem mais humanas. Lágrimas, abraços, beijos e sorrisos sempre estão presentes nesses lugares. Pensar também é viajar. O pensamento é o momento em que estamos deixando o que éramos (origem) em direção ao que queremos ser/compreender (destino), assim como a vida é uma viagem que tem o passado como origem e o futuro como destino. Uma das definições para paixão, segundo o Sr. Alguém, é: "pensamento obsessivo por alguém/algo". Nessa viagem, partimos do nosso estado "normal" em busca de qualquer destino onde o ser desejado esteja. É essa busca incessante que nos torna tão "improdutivos" quando apaixonados. Será o "amor" a descoberta, entre dois viajantes, de que os seus destinos são os mesmos? Sim ou não, a vida é uma incrível jornada! Aperte os cintos e boa viagem...

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Mulheres...












Sai da faculdade e fui beber. Com quem? Comigo mesmo. Chegando ao bar, peço a companheira, ela vem e me da prazer. Pensei, falar sobre o quê? Eis que caio no clichê comum: mulher! Sempre fui obcecado por mulher. Me lembro da primeira vez que esse ser divino me encantou. Tinha 6 anos e seu nome era Ana Carolina Ferreira Guimarães. Sim, lembro do nome inteiro e de muitas coisas também. Entretanto, fiquei obcecado somente no início da adolescência. Nessa época que meu coração bateu mais forte por alguém pela primeira vez (sim, eu tenho coração!). Foram algumas (acho que nem tantas) mulheres que marcaram a minha vida. Queria completar o alfabeto, mas é difícil encontrar uma mulher com "w". Mulher, muitas vezes responsável pela alegria ou tristeza de um homem. Ainda não encontrei maior prazer que dar prazer a uma mulher. Perceber sua respiração se tornando ofegante, seus pêlos se arrepiando, seu fluxo sanguíneo se direcionando a toda uma região que a chega deixar tonta, é uma das melhores sensações do mundo. Ah mulher!!! São muitos os nomes, uns atuais, outros do passado, uns concretizados, outros planejados e alguns não desfrutados. Enfim, um dia continuo esse assunto, porque a cerveja acabou e sigo um conselho do rótulo que também serve para mulheres: Aprecie com moderação! Quando estou saindo, olho ao redor e sinto que não estou só. É como se todas elas estivessem ali. Preocupado, se estou "viajando" demais ou estou bêbado, ergo o copo e brindo às mulheres. Garçom, me vê a conta por favor...

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Felinos voadores com pãezinhos boiantes



Pão sempre cai com a parte da manteiga virada pro chão, fato. Gato sempre cai em pé, fato. Mas e se amarrarmos um pão sob as costas de um felino? Elementar, meu caro. O gato flutua! O poder da manteiga vai além das forças gravitacionais.
"Pipipipi pipipipi!". Saco, tenho mesmo que acordar?! Caminho até a cozinha, tiro o leite da geladeira, separo um pão num prato, ponho Nesquick no laticíneo, pego uma faca, mecho o líquido, corto o pão, bebo o leite, passo manteiga. Meu irmão entra na cozinha, corpos em atrito, esbarrão. Caído o pão. E a manteiga, está virada para onde? Para o chão!
Se o gato flutua com uma mochila panificada, a manteiga é a responsável por tal feito, seria então a manteiga o futuro remédio pro ser humano parar de se rastejar? Óbvio que não! Homens não têm miolos...

sábado, 8 de setembro de 2007

Olhos...


Abra os olhos! Todos nós já ouvimos essa frase alguma vez em nossas vidas. São milhares as músicas que fazem menção ao abrir de olhos ou ao não fechar de olhos . Adoro olhar nos olhos das pessoas e acho a visão um dos sentidos mais fascinantes do ser humano. Entretanto, hoje, vou falar sobre o fechar de olhos. Quando mais novo, ao tomar uma coca-cola durante um dia de calor, percebi que fechava os olhos ao tomar a bebida. Naquele instante, me indaguei sobre o por que de se fazer aquilo. Percebi alguns anos depois que o fechar de olhos está intimamente ligado ao prazer. São vários os momentos na vida em que essa relação pode ser comprovada. Lembre-se de quando você, leitor, em algum momento faminto, encontrou aquele alimento tão desejado. Ao saboreá-lo você fechou os olhos? Ou quando toca aquela música que você adora, na parte que você faz aquele solo incrível na sua guitarra imaginária ou quando simplesmente a canta você fecha os olhos? O que dizer então de quando abraçamos ou beijamos alguém?! Talvez, o fechar de olhos seja simplesmente o desejo do próprio corpo de negar a realidade. Assim, o prazer seria uma irrealidade ( que é bem diferente de imaginação) e por isso tão intenso e indescritível. Lembrem-se que também sonhamos de olhos fechados. Por isso, mantenha os olhos abertos, mas não esqueça também de que, ás vezes, é bom e até necessário fechar os olhos...

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Á minha cara amiga, Grama


A grama. A grama é bonita e verde. Exceto quando tá de manhãzinha e você anda descalço nela, fazendo esqui biológico.
Esse negócio verde aí do lado é bem polêmico. Afinal, quem colocou a plaquinha de "Não pise na grama" pisoteou ou não essas folhinhas verdejantes?
Primeiramente, o correto é: Não pise A grama. Pois o verbo pisar é transitivo direto. Que se dane, aposto uma Coca-Cola que você - assim como eu - não tá nem aí pra gramática da botânica.
Respondendo a pergunta, o cara que instalou a plaquinha poderia ter colocado-a antes dela nascer, ou, até mesmo, por intermédio de um helicoptero ou dando um duplo mortal carpado, quem sabe.
Mas o que me preocupa, é a vida social das plantinhas. Coitadas! Sendo amassadas, pisoteadas e assassinadas dia após dia. Imagine como deve ser a auto-estima de uma grama. E mesmo assim, ainda tem gente que fica se preocupando com que roupa vai usar amanhã. Pelo amor de Deus, com tanta graminha sendo maltrada você me vem falar de moda? Faça me o favor... Afinal, você gostaria que o Gigante do Pé de Feijão simplesmente, de uma hora pra outra, decidisse te espremer com uma bota nº 563?
Pense nisso...