segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

621,4 milhas


Na minha terra tem caieiras onde nascem Jatobás. As coisas que aqui sucedem, não acontecem como lá. 621 milhas de asfalto se fizeram concreto, uma curva feita no anel rodoviário sul e eis que surge o lugar. Odiado por muitos, lembrado com desprezo por alguns, querido por poucos, encantador por mim. Tem gente que, de súbito, acorda com vontade de ir ao banheiro, vontade de comer, vontade de beber. Mas hoje não, hoje eu acordei com vontade de escrever.
Histórias de um fascinante verão. Fatos seriam censurados, se publicados. Como numa quarta-feira, duas cangaceiras revolucionárias partiram em uma aventura com outros loucos. O cachorro latia, os espíritos chegaram. Óh não! O sol é um ovni! --(trecho censurado por motivos de força maior)-- Uma dessas foi tentar a vida na cidade grande. E a outra, há quem diga que virou nômade por vontade, alguns tribuem á ela o adjetivo "hippie". Estórias que o povo conta...
Havia algo de estranho no ar. Era uma magia antes camuflada naquele céu sempre exibido por formas singulares e inéditas, sem reprises. Os risos floresciam como a chuva de panfletos das franjas do mar de Ipanema num vespertino sábado veraneio.
Cabelos negros mesmo que iluminados pelos raios do sol voavam contra o vento projetado pela cavalgada rumo ao Reino das Nuvens. Por que raios usar capacete em Montes Claros se os muitos buracos vem de baixo? A missão de levar o bolo escaldante em vermelho de contentamento foi um sucesso. A Esquilo Real teve suas bodas de rosas comemoradas a altura de sua importância para a Trupe das Cabritas. O eixo de encontro não-residencial era o mesmo lugar onde se abastecem as carruagens, que poucos passos dali sempre havia um banquete onde não só bola rola, mas também podia ser completo, com bacon ou na grelha.
Aqui tem escada rolante, tem meio-passe, tem chuva de verão, tem mar. A gente entra pela saída do ônibus... Lá tem é elevador, tem vale-transporte, tem verão, tem rio. A gente entra pela entrada e sai pela saída. Mas quando desce, 622 milhas: Bem-vindo a cidade grande...

5 comentários:

Anônimo disse...

Expus minha vida pessoal, diferente dos outros posts. Portanto, não espero que compreendam o que se trata ou que comentem algo agradável. "Pq hj não acoredei com vontade d ir ao banheiro, de comer ou de berber. Acordei com vontade de escrever..."
haha! :B

Grata,
Day[ana] Duarte.
Volte sempre!

Unknown disse...

Ai Aiiii.. vc é muito criativa sra. Duarte !
' sempre havia um banquete onde não só bola rola, mas também podia ser completo, com bacon ou na grelha. '
Hahaha e com molhos de acordo com a preferência do cliente.
;D

o nosso verão acabou quando ce foi embora, a diversao acabou.Basicamente.
eu te amo, minha amiga, de ontem, de hje e de sempre!

Anônimo disse...

Daay,amei seu texto !e Férias. . .isso sim foi perfeito !
;D
Vcê concerteza já deve ter lido aquele texto " Ah,o verão "

Ah o verão, dizem que é a estação da perdição..
É pq é no verão que você faz tuudoo aquilo que vai contar para os seus netos, bisnetos e tataranetos um dia.

Ah,pois a gnt vai ter muita coisa pra contar !

Beeeeeeeeejo Day !
se cuida Beeeeest!
hahah

Anônimo disse...

Littlé, vc é a princesa medieval mais bonita de todas!!
Fico fascinada ao ver a tua capacidade de descrever os fatos assim como quem faz um bolo ou vai ao cinema...
A trupe reunida é uma alegria só...
Ah o verão c/ vc foi realmente maravilhoso.
Ah como era divertida a volta do castelo nas nuvens, tirava o buraco negro da cebeça só p/ sentir o vento fresco passando entre os negros cabelos e emaranhando-os!
Muitos verões ainda virão!

Anônimo disse...

'Pq é no verão que você faz tuudoo aquilo que vai contar para os seus netos, bisnetos e tataranetos um dia.'

Nem parece q essa propaganda foi lançada no verão de 2005 (ou 2006 talvez).E nem parece q foi a 2 ou 3anos atraz q uma doidinha sardenta q atendia pelo nome de Dayana cruzou pontualmente atrazada ás 7:16 o portão do colegio Indyu, só pq o porteiro lhe disse q, se não entrasse agora não entraria mais e tbm pq já tinha perdido a esperança de matar mais um dia provavelmente tediante de aula. E no intervalo do 2ª tempo de um dia surpreendentemente emocionante, de horarios matados tipicos de fim de ano, ela disse a sua companheira que tinha uma propaganda de cerveja passando na televisão que falava algo sobre aproveitar o doce verão da juventude. As duas se empolgaram com a ideia e apartir dai passaram a acordar todas as manhãs nubladas não com vontade de comer, ou de fazer xixi..mas com uma vontade, uma louca vontade de tornar aquele dia (e os q posteriormente viriam) inesquecivel!

e 2 ou 3 anos depois aqui estamos nós...
tentando fazer as tais 'histórias pra contar pros netinhos'
Eu poderia dizer q já conseguimos alcançar o nosso objetivo, mas, sinceramente a vida não teria graça se as diversões se acabessem aos 17 anos !
Então, eu prefiro fingir q esquci toda aquela loucura vivida só pra ter o prazer de começar de novo a fazer historia com a minha melhor amiga !




Hey, se cuida ai no buraco q vc se enfiou hein?
eu preciso de vc viva pro verão desse ano!