quinta-feira, 27 de setembro de 2007


"Espelho, espelho meu! Existe alguém mais... mais... mais o que mesmo? Quê que eu tô fazendo aqui?! Hahahaha. Cara, que engraçado!" - Hum, espero que tenha ficado claro que esta é a fala de um boêmio no banheiro de um bar, conversando com o espelho (?!). Eu sempre quis ir pra dentro do espelho, mas...espere! Eu sou o 'dentro do espelho'. Eu hein... povo doido.
Quando de frente ao espelho, nos deparamos com aquilo que somos para os outros. E rimos, porque, particularmente, não me acho parecida comigo mesmo. Nessa hora que começam as caretas, são como um auto-teste de personalidade ou um 'siga o mestre versão você'. Chegamos mais perto do reflexo e levamos um susto, tudo que está próximo demais é feio, assim como os Monet. Janelas de carros, portas de edifícios ou paredes de concreto brilhante também puxam meu all star encardido de volta à realidade calorosa e barulhenta do rodo cotidiando.
Espelhos são trouxas, refletem tudo que vêem pela fresnte. Espelhos são fatais, podem cortar. Espelhos são sinceros, mostram a verdade. Mas espelhos podem mentir, o que você vê já é passado. O que você sempre vê, sempre vai estar diferente. Seja apenas pela posição da luz ou do tempo. Espelhos são traiçoeiros, um descuido seu e 7 anos de azar...

Um comentário:

Anônimo disse...

Para mim espelho é "objeto que reflete o que enxergamos".
a questão está em como nós nos enxergamos.
considerando que sempre estamos viajando e portanto em constante mutação, temos dificuldade p/ reconhecer a figura que aparece refletida no espelho...